Microbiota intestinal e saúde mental: a conexão que o nutricionista não pode ignorar
25 de ago. de 2025 • Equipe Blyss
MicrobiotaSaúde MentalNutrição Clínica

Nos últimos anos, a relação entre intestino e cérebro deixou de ser apenas uma hipótese e ganhou espaço em pesquisas sólidas.
O eixo intestino-cérebro mostra que a microbiota intestinal exerce papel crucial em processos de humor, ansiedade e até em doenças como depressão.
O que a ciência já confirma
- Alterações na composição da microbiota estão associadas a maior risco de ansiedade e depressão.
- A produção de neurotransmissores como serotonina e GABA é modulada por bactérias intestinais.
- Estudos clínicos sugerem que dietas ricas em fibras, prebióticos e probióticos podem auxiliar no manejo de distúrbios emocionais.
Estratégias nutricionais baseadas em evidências
- Fibras e prebióticos: aveia, banana verde, leguminosas.
- Alimentos fermentados: kefir, chucrute, kombucha, iogurte natural.
- Probióticos específicos: cepas como Lactobacillus rhamnosus e Bifidobacterium longum têm sido investigadas por seu impacto em ansiedade e humor.
- Dieta variada e rica em plantas: maior diversidade alimentar está associada a microbiota mais equilibrada.
Aplicação prática para nutricionistas
- Avaliar sempre hábitos alimentares e sintomas gastrointestinais junto a queixas emocionais.
- Evitar promessas milagrosas: microbiota é complexa e multifatorial.
- Integrar estratégias nutricionais com acompanhamento multiprofissional em saúde mental.
Conclusão
O papel da nutrição na saúde mental é uma fronteira promissora e baseada em ciência. Nutricionistas podem ser agentes fundamentais na promoção de equilíbrio intestinal e bem-estar psicológico.
Referências
- Foster JA, McVey Neufeld KA. (2023). Gut–brain axis: how the microbiome influences anxiety and depression. Trends Neurosci.
- Sarkar A et al. (2022). Psychobiotics and the manipulation of bacteria–gut–brain signals. Trends Neurosci.
- Cryan JF et al. (2019). The microbiota–gut–brain axis. Physiol Rev.