Práticas similares

Ballet e yoga são muito diferentes?

Você já parou para pensar que o ballet e o yoga podem se completar ou até mesmo ter princípios bem parecidos? E que tal misturar as atividades físicas?

Eu, como admiradora assumida da yoga, sei que ela pode contribuir para o desempenho de diversas atividades físicas, e, com certeza, uma delas é o ballet. Vamos ver o que as duas têm em comum.

Respiração

Claro! Tínhamos que começar pela respiração. Na verdade, a respiração é tão importante que ela deveria ser o princípio básico de qualquer atividade física, mas a gente sabe que onde ela é valorizada realmente é no yoga.

A técnica de respiração ensinada no yoga pode favorecer a ansiedade e controlar o nervosismo no momento que se inicia a dança do ballet. Além disso, a respiração aumenta a concentração e mantém o eixo do corpo mais estável, favorecendo a manutenção de posturas e movimentos mais organizados.

Consciência corporal

A consciência corporal parece algo muito fácil de ser conquistado, mas na prática não é bem assim. Claro que conhecemos nosso corpo e sabemos onde ficam os pés, os braços ou até mesmo a cabeça, mas sentir cada parte do corpo ao realizar movimentos é muito difícil. Ao conquistar essa consciência, o bailarino e/ou praticante de yoga consegue executar melhor os movimentos e evitar lesões.

Equilibrio corporal

Já imaginou o quanto é difícil manter-se firme nas pontas dos pés? O dançarino precisa ter grande equilíbrio para manter a postura ereta e não cair. Assim como no yoga, o ballet exige controle de tronco nas posturas estáticas e em movimento.

Mobilidade e flexibilidade 

As posições do yoga aumentam a mobilidade corporal e flexibilidade articular e muscular que são imprescindíveis também para realizar uma apresentação leve e fluida de ballet.

A alta mobilidade associada a boa flexibilidade ajudam os bailarinos a realizarem movimentos de tronco e abertura de membros superiores e inferiores, como a famosa escalada (espacate) do ballet.

Força e tônus muscular

Força para realizar os passos, força para manter-se na ponta dos pés, força para erguer a parceira. A apresentação de ballet é um espetáculo de força e tônus muscular. O fortalecimento dos músculos fora dos palcos é determinante para uma boa apresentação e as posturas do yoga podem auxiliar consideravelmente nessa hipertrofia.

Musculatura intrínseca

Sabe aquele dia que fazemos um  movimento diferente do habitual e sentimos uma dor muscular no dia seguinte? Isso acontece porque na nossa rotina costumamos utilizar sempre os mesmos grupos musculares, assim os músculos mais internos normalmente trabalham menos e ficam mais fracos, por isso um pequeno movimento que o recrute já causa dor.

Tanto o yoga como o ballet recrutam um grande número de grupos musculares, desde os maiores e mais usuais, até os menores e mais escondidos, isso proporciona um fortalecimento global do corpo.

Postura ereta

Plié, Tendu, Jeté, Frappé, En dehors e tantos outros nomes bonitos e difíceis de pronunciar são os nomes dos passos básicos do ballet. Cada um é diferente do outro, mas tem uma coisa em comum entre eles: todos exigem postura corporal ereta.

O ballet é firme, ereto e elegante, por isso ele exige que o bailarino sempre tenha o peito aberto, o tronco erguido e o rosto sereno. O yoga também faz essas exigências e suas posturas estimulam a conquista da postura ideal.

Memória

Assim como no yoga, no ballet também é necessário praticar e lembrar a sequência de movimentos a ser executada. A repetição aliada à concentração e ao aumento da circulação sanguínea no cérebro, proporcionado pelo exercício, auxiliam o aprendizado e a memória.